Aula Inaugural do Mestrado

O Reitor da IFF Fluminense, prof. Luiz Augusto Caldas, que é também Presidente do Conselho Nacional de Reitores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, proferiu a Aula Magna de abertura do ano letivo do Mestrado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades.

Na ocasião, o prof. falou do significado da estrutura dos IFFs para o ensino médio profissionalizante no Brasil. Após um histórico da educação profissional de nível médio do País, apresentou uma radiografia física dessas Unidades e discutiu os vínculos da formação profissional de segundo grau e o desenvolvimento nacional e regional. Lembrou que os IFFs e escolas federais técnicas de nível médio foram criados com o objetivo de serem componentes estratégicos no processo de desenvolvimento brasileiro e que hoje representam uma estrutura importante, com as suas mais de 400 unidades, distribuídas com critérios de regionalização, interiorização e desconcentração da oferta desse segmento do ensino.

O Reitor destacou que a demanda de trabalhadores qualificados para o desenvolvimento do País não deve ser analisado no contexto de um “apagão de mão de obra”. Este não se relaciona diretamente com as possibilidades de formação, em termos quantitativos, de profissionais qualificados, no segundo e terceiro graus. O desenvolvimento do País, no que diz respeito à força de trabalho e à inovação tecnológica, depende muito mais, ainda, da melhoria da qualidade do ensino fundamental e também do ensino médio e superior. Portanto, o gargalo ainda está na qualidade. Este deverá vir não só pela melhoria geral das condições de ensino, no que diz respeito à formação de docentes, estruturas físicas e equipamentos, mas principalmente, por um ensino universal humanista, multidisciplinar, em que a ciência seja valorizada como matriz da tecnologia e da inovação e que os elementos sociais do desenvolvimento sejam privilegiados como os objetivos maiores desse processo. Os IFFs podem contribuir muito para o desenvolvimento local e regional, mas dependem da melhoria das gestões locais, municipais, da qualidade técnica dos seus quadros e da visão de política pública. Esses são alguns dos desafios elencados pelo palestrante.

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